quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Assassino de Almas

Ele vivia em função de si mesmo. Esteban era um garoto de 16 anos, de olhos e cabelo claro. Por seus pais terem muito dinheiro, ele estudava no melhor colégio da cidade. Todos os colegas de sala odiavam-no.

Era muita falsidade em volta dele. Durante a infância recebeu muitos mimos e tornou-se um adolescente mimado e egoísta. Não tinha amigos verdadeiros e vivia se achando o todo poderoso da cidade. Algumas pessoas - sem personalidade e com puro interesse em seu status social – aproximavam-se dele. Ele tinha todas as garotas que queria, achava-se o máximo.

Mas aos poucos, Esteban foi perdendo toda essa atenção que recebia dos “amigos” e das garotas. Ninguém mais o agüentava. Conseqüentemente, ficou isolado de toda sociedade. A família não o apoiava em nada.

Ele estava perdido dentro de si mesmo. Não tinha personalidade, vivia em função da imagem que passava aos outros. Quando todos viraram as costas, ele não era mais ninguém. Não sabia para onde correr. Queria fugir. Mas fugir para onde?

Esteban estava entrando em depressão. Não saía mais de casa e sentia que ninguém parecia perceber ou se importar com isso. Tantos pensamentos passavam em sua cabeça. Ele queria se matar – mas não tinha percebido que já estava morto. O garoto bonito, simpático, que vivia em sua fantasia, no seu mundo tinha sido morto por ele mesmo. Por causa de toda falta de humildade e compaixão pelo próximo, Esteban matou sua alma.

Vegetou por muito tempo. Não sabia mais o que era felicidade nem muito menos amor. Perdeu totalmente o sentido de viver. Cresceu um adulto sem esperanças e hoje vive por , simplesmente, viver.

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