terça-feira, 30 de novembro de 2010


Nós riamos. Estávamos correndo pelas ruas vazias da cidade. A chuva tinha começado a cair. Nós ainda riamos. Era tão bom poder contar os segredos a alguém e saber que ela não contaria a ninguém. Era bom ter você ali.
Eu só tenho que agradecer por tudo que você tem feito até agora. Você, mesmo correndo grande risco, ainda está ao lado dessa porra-louca. Você está amadurecendo e eu tenho o privilégio de ver isso. É incrível como o ser humano pode crescer em diversas situações. Parabéns, você está se formando na faculdade conhecida vida.
Vamos, continue a correr. Vamos nos divertir enquanto há tempo. Logo ele vai passar e você vai ter milhões de coisas pra fazer e até pode chegar a esquecer tudo o que vivemos. Pois é minha amiga, você é a única que eu ainda posso ter certeza e dormir tranqüilamente. Obrigada, de verdade.

domingo, 28 de novembro de 2010


Eu só queria poder ter tido mais noites como aquela ao teu lado. É incrível como eu esqueci até de mim mesma ao teu lado. Poder sentir teus braços em volta de mim é tão significante. É como um instante de paz interior misturado com festança dentro da minha alma. É irreal.
Sei que podíamos ter aproveitado mais. E você entende bem isso. Mas é, como posso dizer, irresponsável demais.
Eu não me importaria tanto com nossa irresponsabilidade. Devíamos seguir os conselhos da sua mãe. O que acha? Risos. Está bom, eu vou parar de encher você com minha paranóia.

Sabe do que eu estava lembrando? De quando as luzes se apagaram e beijei o canto da sua boca. Atos impulsivos que não sei controlar mais. Mesmo que você queira, baby, já era. Eu sou louca.
Enquanto tocava aquela música romântica eu puxei você para perto de mim e disse no pé do seu ouvido: eu te amo!
Fico pensando : será que você alguma dia, quando eu fizer algo cruel novamente você vai esquecer tudo isso? Rasgar todas as cartas, como você já fez, e deletar todas as nossas fotos?
Espero que isso não aconteça. Também espero que as minhas crueldades sejam menores do que meus atos de amor. Espero que você tenha cada dia mais vontade e que eu possa matar todas elas, algum dia.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010


Eu não durmo há uma semana. Minha cama se transformou em meu caixão. Não posso respirar, não posso falar.Minha cabeça parece uma bomba, ainda esperando.Leve meu coração e leve minha alma. Eu não preciso mais deles. Hipnotizado pela noite.Silenciosamente surgindo ao meu lado, o vazio, o nada está queimando dentro de mim. Leve minha fé, leve meu orgulho. Eu não preciso mais deles. Esta cama se tranforma em minha capela de pedra. Um jardim de escuridão para onde eu estou indo.Então leve minha vida. Eu não preciso mais dela.

A única que eu amo, está me fazendo cair de joelhos. A única que eu amo, me afoga em meus sonhos. A única que eu amo, repetidas vezes, está derrubando! ♫

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Preciso te lembrar como tu era no início. Era um vício difícil de deixar. Procuro em tanta gente um espelho teu, não vejo nada. Tentando ser o que eu não era mais. Eu me vi escondido em um mundo que você criou e nunca mais voltou pra me libertar.E eu que não sei aonde chegar.Já caminhei tanto pra encontrar e eu que não sei como te falar.Já escrevi tanto pra cantar, mas se você não quiser ouvir as canções já não me dizem mais nada. Poderiam dizer. Poderiam dizer teu nome. Poderiam dizer você.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Eu quero conhecer o amor .Eu quero estar onde você está. Então me mostre o caminho. Eu quero ser assim. Eu quero ouvir você chamar meu nome e não olhar para trás.

Todas as pessoas estão presas em rodovias, com cartazes que dizem "À sua maneira".
Mas todos nós perdeu logo que adquiriu, o controle. Então me mostre o caminho. Eu quero ser assim e eu quero ouvir você chamar meu nome e não olhar para trás.

terça-feira, 23 de novembro de 2010


Eu arranhei meus joelhos enquanto eu estava orando e encontrei um demônio no meu porto mais seguro. Parece que está ficando mais difícil acreditar em qualquer coisa, do que se perder nos meus pensamentos egoístas.
Eu quero saber como seria achar perfeição no meu orgulho, não ver nada na luz.
Eu vou desligar, em todo o meu despeito. Em todo o meu despeito, eu vou desligar.

A tragédia, ela parece interminável. Eu estou vendo todos que eu admirava quebrar e curvando. Nós estamos tomando atalhos e soluções falhas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hoje eu tirei uma conclusão. A morte não é a solução para tudo. Percebi que as pessoas sofrem demais com ela - mesmo tendo consciência que é a única certeza da vida.
É tão difícil explicar como me senti ao ver pessoas paralisadas em frente da homenagem a ele. Meu coração ainda batia. Mas minha mente parecia estar longe. Como era possível?
Era chocante demais. Era difícil de acreditar. Talvez eu me tomasse conta da realidade quando vi os olhares chocados e tristes.
Ele tinha partido. Tenho certeza que está em algum lugar melhor que nós.

  • Mas fará falta.

domingo, 21 de novembro de 2010

Não venha negar agora.
Eu sei que meu sorriso te acalmava. Sei que você passou horas - dias - pensando na minha pessoa e em tudo o que tinha feito, ou dito.
Também sei que você ainda guarda com carinho aquela foto que eu te dei - ou qualquer outro presente.

Hoje estamos tão distante um do outro. É preferível esconder todo o sentimento?
Porque já tive a certeza que esquecer tá foda.
Como diria algum - qualquer - poeta : E lá está ela. Esperando-te, ansiosa. Ela só quer que você tome a iniciativa e volte.

Pois é, ele tinha razão - mas não em tudo. Quanto eu estive - complementamente - disposta para você, recebi a seguinte noticia : Eu estou namorando.
Eu não quis demonstrar minha insatisfação, mas era visível em meus olhos - mas você não podia vê-los. Restou-me dizer : Espero que seja feliz.
Fim.

sábado, 20 de novembro de 2010

Queridos e pacientes leitores,
venho avisar-lhes que postarei apenas um texto por dia aqui no blog.
Criei um Tumblr e decidi me dedicar mais lá.
Segue o link pra vocês : http://killersofsoul.tumblr.com/
Espero que gostem. Bom fim de semana.

Você ainda está aqui. Espera-me a horas do lado de fora.
Ficou a noite toda aí?
Você está chorando e eu não sei o que fazer.
Ontem a noite brigamos por telefone. Eu desliguei sem deixar você dizer nada.

Você me fez falsas promessas. Eu não dormi a noite toda.
Estamos juntos ainda?
Sinto falta do seu sorriso.
Foram poucas horas sem você e meu coração parece perder força.

Venha. Podemos conversar? Dê mais uma chance para nos dois.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Assassino de Almas

Ele vivia em função de si mesmo. Esteban era um garoto de 16 anos, de olhos e cabelo claro. Por seus pais terem muito dinheiro, ele estudava no melhor colégio da cidade. Todos os colegas de sala odiavam-no.

Era muita falsidade em volta dele. Durante a infância recebeu muitos mimos e tornou-se um adolescente mimado e egoísta. Não tinha amigos verdadeiros e vivia se achando o todo poderoso da cidade. Algumas pessoas - sem personalidade e com puro interesse em seu status social – aproximavam-se dele. Ele tinha todas as garotas que queria, achava-se o máximo.

Mas aos poucos, Esteban foi perdendo toda essa atenção que recebia dos “amigos” e das garotas. Ninguém mais o agüentava. Conseqüentemente, ficou isolado de toda sociedade. A família não o apoiava em nada.

Ele estava perdido dentro de si mesmo. Não tinha personalidade, vivia em função da imagem que passava aos outros. Quando todos viraram as costas, ele não era mais ninguém. Não sabia para onde correr. Queria fugir. Mas fugir para onde?

Esteban estava entrando em depressão. Não saía mais de casa e sentia que ninguém parecia perceber ou se importar com isso. Tantos pensamentos passavam em sua cabeça. Ele queria se matar – mas não tinha percebido que já estava morto. O garoto bonito, simpático, que vivia em sua fantasia, no seu mundo tinha sido morto por ele mesmo. Por causa de toda falta de humildade e compaixão pelo próximo, Esteban matou sua alma.

Vegetou por muito tempo. Não sabia mais o que era felicidade nem muito menos amor. Perdeu totalmente o sentido de viver. Cresceu um adulto sem esperanças e hoje vive por , simplesmente, viver.


Como cruel é a verdadeira áurea?
Quando as vidas que nós vivíamos eram apenas folheadas a ouro
E Eu soube que as luzes da cidade eram, também, fortes para mim
E embora eu traga quilates para todos verem

E eu vi Deus chorando no reflexo dos meus inimigos
E todas as amantes sem quaisquer tempo para mim
E todas as mães criando seus bebês
Para ficarem longe de mim.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Preciso voltar a ler meus quadrinhos.
Eles me acalmavam inteiramente.
Saudades - o tempo passou já.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A chuva me acalma pois me lembra você.
Os trovões tem o mesmo barulho que sua respiração no meu ouvido - metáforicamente.
Eu acredito em você. Pode crer que sim.
E eu ainda continuo a ouvir, antes de dormir, a nossa música.

Mesmo ainda sentindo falta do seu calor, tento que me proteger com as lembranças dos dias ao teu lado.
Os pesadelos que nunca te contei, os penhascos que eu cai durante eles.
Os medos que eu superei quando resolvi acreditar em ti, mudaram-me.

A chuva ainda cai. E o barulho no telhado me acalma.
E não consigo parar de escrever. Textos escondidos.
As palavras se espalharam pelas paredes do meu quarto.
Não sinto mais dor, porque percebi que a dor era apenas o sangue ainda correndo nas minhas artérias.

Amigos.




Cada dia que passa eu percebo que as pessoas mais importantes são aquelas que quando eu estava mal me animaram e simplesmente me divertiram.
Meus bons e velhos amigos. Aqueles que fazem falta todo dia. Aqueles que falam besteira e ficam brincando comigo.

Ah meus amigos, como vocês fazem falta.
Cada dia vejo que não existem pessoas como vocês, que vão sempre estar aqui.
Por isso quero dizer a vocês : obrigada por estarem aqui,por passarem comigo momentos inesquecíveis. Eu amo vocês e sempre vou estar a disposição de todos.
Vocês sim são amigos de verdade. E não tem preço tudo isso.

Dedicado a Jacqueline Pavan, Bia Rinke, Stefany Miguel, Marcelle Leticia, Carol Batista, Caio F., Rodrigo Neves, Wendel Medeiros, Vitor Talmelli, Kennedy Almeida.

domingo, 14 de novembro de 2010

Como eu consigo me manter de pé?
Não é a bebida, nenhum um remédio.
As frases do seriado favorito não saem da minha cabeça.
"Você só pode viver com dignidade, não morrer com ela" Passara dois minutos e ela morreu, gritando de dor.

A frieza voltou - novamente. Infelizmente ela é um remédio para meu sofrimento e só vai embora depois do calor humano. Palavras, por favor parem de ensaiarem na minha mente? Obrigada. Vocês não prestam. As músicas já tocam a mais de uma hora. Os dedos já distraíram a mente com as milhares contas matemáticas. A música não parou nem por um segundo.

E as pessoas que confiavam em mim esperavam, ansiosas, o final feliz reinar.
Decepcionei-as. Ele nunca veio, nem nunca virá.
Pois já descobri que não sou digna dele. Nem mesmo sou digna de amar, nem de mim mesma.
Já descobri que o fundo do poço ainda será pouco para minha alma.
Enquanto os demônios não me levarem para o submundo, eles não vão desistir.

Risos para os medíocres. Seus podres, morram com os olhos abertos. Julgado foi o capeta que quis estragar a festa de todos. É mais apontar a porra do erro dos outros e jogá-los na cara do mesmo. Cansei de ser humano. De ter coração, alma e o todo o lixo que nos faz ser emocionais. Quero ser um robô.

Tá certo, não vai adiantar de nada. Eu já vim com defeito de fábrica.

sábado, 13 de novembro de 2010


Caroline Camargo, anjo meu.
Só tenho que agradecer a ti por estar aqui, cuidando de mim.
Por estar aqui, tentando me alegrar mesmo quando o mundo está caindo.
Por deixar ouvir a sua risada, só porque ela me deixa boba.
Obrigada.
Já me redimi, agora é com você.
Não posso fazer mais nada se você não consegue acreditar em mim.
Eu ainda te espero. Talvez eu ainda acredite nas tuas promessas.
Ainda espero. Espero poder voltar a voar contigo, pra longe.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sem fim

Não sei mais pronunciar as palavras certas.
O céu parece ter sumido com as estrelas e agora está nublado.
Pedindo misericórdia, queria que a chuva caisse - assim poderia lembrar dos momentos.
Mas minha cabeça ainda estava dolorida.
Estava doente. E mal conseguia respirar.

Eu disse que poderia morrer?
Acho que não. Eu não tinha bebido demais para chegar a esse ponto de entregar tudo a você.
Minhas palavras subentendidas nunca deram a você o rumo certo.
Mesmo sabendo que você sangraria, não poderia deixar tudo para o fim e te matar.

Sinto falta. Eu agora já não sei dizer do que - são tantas coisas.
Depois de tudo, sinto medo também.
Medo do seus olhos. Eles podem me mostrar tanta dor que causei. Não suportaria ver você sofrendo por mim.
Mesmo sem seus olhos, tenho suas palavras. Elas me assombram mais ainda.
Mesmo com o medo, não consigo parar de lê-las. É hipnotico como tudo ainda gira em volta da minha alma.

Alma que talvez esteja voando para longe. Querendo o futuro logo, saindo dos problemas.
Quero logo que a hora chegue e você perceba que não sou como todas as outras.
As promessas já foram feitas. Não vai se livrar tão fácil de mim. Mesmo que você queira eu ainda vou estar na beira da janela esperando-te.

E agora eu não consigo parar de escrever. Tenho tantas coisas ainda para te dizer, mas penso comigo - será que irá acreditar nos olhos que te renasceram? será que irá ler esses malditos textos?
As respostas podem ser as diversas.

Admito. Eu escolhi isso, mas foi por um unico motivo - sua falta, das suas palavras que me deixavam boba, sua distancia estava me machucando, apertando bruscamente meu coração. Isso não quer dizer que o erro foi seu. Talvez eu que seja. Por nunca tenho contado ou mostrado como me sufocava ver você se torturando por mim. Eu preferiria estar ferida agora, jogava nos cantos, do que ver você assim - sentindo-se solitária (fato que nunca acontecerá, pois mesmo de longe vou continuar do teu lado).

Volte minha garota. Entenda-me ou faça entender-me. A tempestade veio e a nossa chuva ficou forte, machucou-nos. Volte. Venha ver. Eu estou esperando-te.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ninguém poderá mudar. Foi escolha minha.
As mãos estão doendo. Fora a batida na parede de concreto - foi de odio de si mesmo.
Mas não doí tanto quando a alma. Parece querer explodir.
A música angustiante toca em um volume absurdo e os vizinhos reclamam.
Fodam-se eles. A dor aqui já tomou conta. Foda-se se você acha errado eu querer dizer isso.

Só tento tirar isso de mim. Impossivel. Estou sangrando de novo.
Parece não ter fim esse buraco. As lágrimas não me deixam enxergar as cores do dia.
As luzes do teatro se apagaram.O que sobrou de tudo ? Pedaços. Lixo.

É inutil. Nada vai curar o mal que te causei.
Porque o meu lado mal conseguiu me vencer. Parabéns. Feliz agora?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os solos continuam

Hoje pude sentir novamente seu coração pulsar.
Senti sua respiração no meu pescoço.
Senti seu cheiro.
Suas mãos se envolveram em mim.
Você me abraçou.

Ato tão simplório que consegue deixar meu humor renovado, tudo desaparece e o silêncio paira na minha alma, me acalma.
Pode parecer tão insignificante para o restante - ou resto - das pessoas. Mas para nós é como voar para longe - ou pelo menos para mim.
Me leve para longe daqui. Quero só aproveitar os instantes que faltam.
Quero continuar a respirar o mesmo ar que você - já que sem você fica quase impossivel isso.

Venha ouvir o meu piano interno tocar para você.
Venha ver o amanhecer.
Venha para cama. Cante-me uma canção de ninar.

Preferências

De novo eu fiquei quieta no meu canto e preferi observar.
Uma música qualquer tocava no celular.
Parei para pensar o motivo de eu estar tão quieta observando talvez quem nem merecesse meu olhar.
Não queria ser ingrata. Preferi observar.

Foram poucos os minutos - dois no máximo.
Mas pude perceber como era complexo entender cada ser ali presente.
Eram débeis?
Eu ainda não tenho essa resposta. São mentes abertas que podem mudar a cada instante - ou com a atitude de qualquer pessoa. Mas podia se perceber que ali existiam os fins que dariam aos meios um inicio. Paradoxal? Não. É somente influencia sobre pessoas sem personalidade.

Muitos podem dizer : Quem é vós que me diz isto? Não tens o minimo respeito.
Frágil alma. Ainda está nascendo e o sorriso continua estampado em seu semblante.
Ainda não sabe que tudo que é belo hoje, amanhã se tornará horrendo.
Você vai sangrar, sangrar e sangrar por dentro da própria alma.
Vai achar que aquilo é bom e irá querer continuar.
Pobre espirito, large essa alma de pacóvio. Pare de se enganar.
Todos os seres humanos são puramente imundices divididas entre alma, coração e corpo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mais uma conversa - mais uma chance

Tá sem creditos? vi você dentro da sala e você não saiu lá fora, nem me mandou mensagem.
Queria ter conversado com você, mas enfim.
Eu estou chateada com você.
Quando você me pediu seu espaço, eu dei ele a você. mas parece que todo o espaço tomou conta de ti, e aos poucos foi afastando você de mim.
Parece que você pegou suas asas e voou pra longe, deixando pra trás o resto, toda mágoa e angustia - que aos poucos vai morrendo, bem aos poucos; e matando, levando junto, toda alma e coração da sua pequena que tanto te ama.
Sinto falta do aconchego do seu abraço, do seu cheiro, sinto falta do meu anjo grande - que parece ter ficado pequeno e se escondido de todos, fugindo, pouco se fudendo para os demais.
As agulhas já atravessaram todos os espaços do meu corpo, onde antes estavam suas mãos frias que me esquentavam. E você parece continuar parada, sem ação, destilando o odio que toda conta do seu ser.
Continuo a escutar a música de letra trágica. Não quero te atingir com as minhas palavras. Não quero te ver chorar.


Here I am expecting just a little bit
too much from the wounded
But I see, see through it all,
See through and see you.

sábado, 6 de novembro de 2010




A dor já passou.
Ele não sabia, mas se envolvia novamente com outra garota.
Ele era Felippo e não sabia o motivo, mas se sentia bem perto dela, conversando com ela.
Ele nunca tinha visto ela - verdadeiramente dizendo - mas sabia que seu sorriso era perfeito.

Queria tocá-la. Poder confirmar se sua pele era aveludada como ele imaginava.
Parecia bobeira, mas ele queria ouvir a voz dela.
Ou até simplesmente vê-la diante o piano tocando uma música qualquer. Queria sentir tuas mãos.

Mesmo que ele implorasse, estava preso dentro de seu coração.
Não podia sair. Não podia machucá-la. Ela era a unica que estava ali.
Não havia tido o chance de olhar nos teus belos olhos.
Mas parecia sentir o perfume de seus cabelos por perto.

Ele só queria abraça-la. Sem motivos.
Queria poder sussurar em seu ouvido o quanto era importante tê-la ali presente.
Ela era um anjo. Um anjo sem asas que sabia entende-lo.
Ele não tinha palavras. Só queria observa-la, ver ela sorrindo era seu maior presente.

Como ela conseguia ser tão delicada?
Ela se encaixava perfeitamente em todos os espaços do corpo dele.
Ele já não tinha vida sem ela.
Ela era parte ele - grande parte dele.

E as palavras já não cabiam na alma.
Teriam que ser ditas para aqueles belos olhos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estou escutando a mesma música desde que você partiu.
Fechou a porta e o escuro se alastrou aqui dentro.
Tudo bem, eu já superei. Mesmo que tenha demorado, já passou e ficar remoendo velhas lembranças não me leva a porra nenhuma.

Nunca fechei meus olhos para ti.
Já você chegou um dia a fechar a mão para poder me atingir com um soco.
Pois é. Arrependida?
Eu não. Prefiro esquecer as lutas mortais que me machucaram tanto.

Hoje olhando, eu só tenho risos para todas suas crises.
E quer saber mais? Eu escrevo sobre você para poder aliviar tudo.
Não quero guardar as mágoas.
Quero viver o novo.
E o velho que vá para o inferno

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Os vizinhos gritavam.Mas aqui dentro as músicas altas e grosseiras pareciam me acalmar.
Por dentro a pulsação parecia voltar ao normal. Ainda estava baixo o som. Queria estourar os alto falantes.

"Ooooh, it's your fuckin' nightmare"


Risos. Eu parecia estar louca. Gritava. Parecia querer dizer algo, mas o silêncio da alma não deixava.
Queria pular do alto. Ver o sangue escorrer entre meus dedos.
Era bem mais que uma simples vontade ou desejo.
Obsessão.

Olhar em volta e só ver os espinhos. Andar sobre uma corda bamba era rotineiro.
As músicas do espirito maligno - como geralmente dizendo - me trazia paz interna.
Os olhos deixavam de olhar pro chão e miravam o céu.
E lá eu poderia encontrar meus anjos.

Foda-se se você não gosta. O seu semblante medíocre não me impressiona mais, pobre espirito.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

weak. weaker it will throb.

Teu abraço me acalma.
Depois de dias de tempestade, sem ver o teu semblante
eu pude observá-la de longe. Você escutava música, parecia concentrada.
Não quis atrapalhar.

Foram 35 minutos. Pensando, respirando fundo e tentando manter-me calma.
Os minutos não pareciam passar, mas eu sabia. Estava de mãos atadas.
Paciência e esperança que ainda poderia te ver naquele mesmo dia.

Séculos depois - pelo menos pra mim - pude encontrá-la.
Só queria te abraçar e não soltar mais.
Queria você perto o máximo - quase dentro da minha alma.
Talvez você não tenha visto. Poucas - mas intensas e significativas - lágrimas tentaram escorrer pelo meu rosto. Eu impedi que elas chegassem ao seu ponto de vista.
Talvez fosse melhor assim.

Continuo tentando não me apegar. Mas tudo me faz lembrar você.
Como quer que seja, estou pronta. Talvez eu não viva tanto também como parece.
Talvez o coração já esteja fraco. Bate com intensidade quando você está por perto, mas longe ele parece fugir - simplesmente fugir.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Não quero mais escrever.
Você está longe.
Está sangrando.
E não posso te alcançar.

Não me torture mais. Dê o ultimo tiro.

a garota da cidade grande

Mesmo estando tão longe uma da outra, ela se preocupava comigo.
A garota da web. A garota da garoa.
Ela me divertia nos dias em que eu estava mais triste.
Eu nunca consegui pronunciar seu nome - e mesmo assim, ela não se importava.
Entrou de forma tão natural no meu dia a dia.
Mas hoje já não vivo sem a garota que ri com os olhos.

Como poder explicar as minhas crises de ciumes bobos?
Risos. Eu só queria que as pessoas pudessem dar valor a ela como eu queria dar.
Abraça-la, ter ela sobre meu colo, brincar com seu cabelo.
Pentelhar você até se enxer de mim.
Escutar as músicas que nós gostavamos, juntas.

Poder ver teu sorriso de perto.
Sentir teu cheiro.
E até poder brigar com você ao vivo - só para poder te ver nervosa.

Pois é, o tempo está passando.
E logo nós iremos nos ver. Dá pra acreditar nesse sonho?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eu não estou nervosa. Estou espumando ódio.
Mal humor?
Mande-o ao inferno e venha falar comigo.
Odeio suas despedidas.