sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sem fim

Não sei mais pronunciar as palavras certas.
O céu parece ter sumido com as estrelas e agora está nublado.
Pedindo misericórdia, queria que a chuva caisse - assim poderia lembrar dos momentos.
Mas minha cabeça ainda estava dolorida.
Estava doente. E mal conseguia respirar.

Eu disse que poderia morrer?
Acho que não. Eu não tinha bebido demais para chegar a esse ponto de entregar tudo a você.
Minhas palavras subentendidas nunca deram a você o rumo certo.
Mesmo sabendo que você sangraria, não poderia deixar tudo para o fim e te matar.

Sinto falta. Eu agora já não sei dizer do que - são tantas coisas.
Depois de tudo, sinto medo também.
Medo do seus olhos. Eles podem me mostrar tanta dor que causei. Não suportaria ver você sofrendo por mim.
Mesmo sem seus olhos, tenho suas palavras. Elas me assombram mais ainda.
Mesmo com o medo, não consigo parar de lê-las. É hipnotico como tudo ainda gira em volta da minha alma.

Alma que talvez esteja voando para longe. Querendo o futuro logo, saindo dos problemas.
Quero logo que a hora chegue e você perceba que não sou como todas as outras.
As promessas já foram feitas. Não vai se livrar tão fácil de mim. Mesmo que você queira eu ainda vou estar na beira da janela esperando-te.

E agora eu não consigo parar de escrever. Tenho tantas coisas ainda para te dizer, mas penso comigo - será que irá acreditar nos olhos que te renasceram? será que irá ler esses malditos textos?
As respostas podem ser as diversas.

Admito. Eu escolhi isso, mas foi por um unico motivo - sua falta, das suas palavras que me deixavam boba, sua distancia estava me machucando, apertando bruscamente meu coração. Isso não quer dizer que o erro foi seu. Talvez eu que seja. Por nunca tenho contado ou mostrado como me sufocava ver você se torturando por mim. Eu preferiria estar ferida agora, jogava nos cantos, do que ver você assim - sentindo-se solitária (fato que nunca acontecerá, pois mesmo de longe vou continuar do teu lado).

Volte minha garota. Entenda-me ou faça entender-me. A tempestade veio e a nossa chuva ficou forte, machucou-nos. Volte. Venha ver. Eu estou esperando-te.

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