Seu nome é Fernandes. Ele não era um louco. Apenas um pobre compositor de canções fracassado que estava passando pela sua terceira depressão. Tinha se mudado há pouco tempo para São Paulo. Morava em um apartamento pequeno em frente à Avenida Paulista. Apartamento que era bem antigo e cheirava mofo. Ele já estava cansado de ser torturado pela sua própria mente. Não tinha mais controle sobre suas próprias idéias. Já não conseguia compor suas musicas e, conseqüentemente, começava a passar fome.
Os dias passavam, ele ainda estava sentado na poltrona vendo a chuva cair ou o sol brilhar lá fora. Vivia em seu mundo particular. Estava entrando no ápice da loucura. Oh pobre homem, será que ninguém poderá te salvar desse inferno?
Meses passaram. Ele já tinha emagrecido quilos e quilos. Um senhor que era seu vizinho de porta lhe oferecia comida quando preciso. Isso fazia com que Fernandes apenas vivesse para sobreviver. Ele já não sabia o próprio nome e muito menos o que era ter vida própria.
Fernandes sempre foi um homem que vivia como um pássaro solto, que voava entre as nuvens e vivia livremente. Pena que ele nunca conseguiu perceber que era o pássaro dentro da sua alma que estava preso. O seu mundo tinha caído. Já não havia mais formas de viver ou sobreviver.
A escolha foi dele. Era mais fácil ignorar o resto e morrer. Com a banheira cheia de água, Fernandes tomou um forte medicamento para sua própria sedação. Apagou. Fernandes tinha apenas 32 anos de idade e já morrera pela própria vontade. Para ele a vida era apenas um capitulo. Se o autor não gostasse, simplesmente amassaria a folha e jogaria fora.
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