Era apenas mais uma tarde de verão, deitada no sofá, escrevendo. Todos da casa parecia - ou fingiam - dormir. Dragões e dinossauros sobrevoavam na minha tv. Sem ter o que fazer - apenas curtindo a solidão e o ócio - tentava me divertir viajando na minha mente.
Pensamentos toscos ou apenas histórinhas infantis passavam pela minha mente - queria tanto poder voltar a infancia. Lembrando e esquecendo dos dias sentadas no chão com apenas bonequinhos na mão, a minha imaginação criava asas.
Cresci e desaprendi a voar tão fácil. É como tentar pular de um precipicio e perceber que nada mais vale a pena. Palavras soltas como ódio, amor, morte, pesadelos, sonhos - isso tudo é magia?
Magia da mente humana que destila ódio ao mesmo tempo que passa horas sorrindo - falsamente - somente para que não apontem o dedo na sua cara e tenham a coragem de dizer que você não presta. É lixo.
Lixo foi o que o mundo se tornou quando a pior coisa que podia acontecer, aconteceu. Fomos dominados pela ganancia em busca de riqueza material, enquanto os pobres corações continuam vazios.
Acho que nunca quis escrever isso, mas tenho asco por toda essa gentinha que se veste como rei e na verdade dentro de si vive um demônio vivo, que pulsa nas veias o ódio e o desejo por vingança. Chega. Fim
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